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27-08-2009

A forma atabalhoada com que se tratam os números


Editorial - Números ou estatísticas

A forma atabalhoada com que se tratam os números ou dados é infelizmente uma realidade e não uma parvoíce de verão.

Vem isto a propósito de ter ouvido que os números dos incêndios da comunidade europeia não batem certo com os divulgados pelo ministério que trata deste assunto. Que novidade! Em Portugal, infelizmente, abusamos de tratar estatísticas que deveriam ser instrumentos de trabalho e de análise para melhor preparar e fazer o nosso futuro colectivo, como um amontoado de números que assim perdem todo o significado. Não sei de quem é a culpa, mas é urgente que nos fixemos em números válidos e reais, não os usando, apenas, para extrair as conclusões que interessam a este ou àquele departamento do estado. Os números têm a grande vantagem de serem independentes da política ou da conjuntura mas a infelicidade de serem manobráveis ou objecto de distorção.

Noutro dia li um artigo (salvo erro no i) em que se explicava com números, como era possível criar um modelo de evolução previsional do mercado bolsista americano tendo em conta a produção de gado num país asiático. Ridículo para os mais avisados, mas certo é que o modelo funcionava num curto espaço de tempo mas não por causa da criação de caprinos na Índia. Funcionava porque aqueles números por acaso davam certo mas não faltariam meninos armados em doutores a vender este modelo a bancos e outras instituições que não filtram nem cuidam adequadamente dos números. Depois existem as crises financeiras. Os números são apenas números mas os seus significados podem ser outros que não os dos números.

O tempo que se aproxima de campanha eleitoral vai trazer números e mais números para cima da mesa. Todos, sem excepção, vão tentar, com o recurso de números, mostrar que têm razão, que fizeram bastante, que inverteram tendências ou que se falhou neste indicador crucial, que não se atingiu tal meta prometida, etc... É preciso ter cuidado e sermos bastante avisados.

António Granjeia*
Director do Jornal da Bairrada


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